Taxa de 50% para Cumbica divide os taxistas de SP

Autônomos enxergam a cobrança como positiva, entidade que defende os frotistas pede mudança



Bolsão próximo a Cumbica onde clandestinos esperam chamadas pelo app Uber / Edu Garcia/DiárioSP

Por: Eduardo Athayde (29-06-2015)
eduardo.athayde@diariosp.com.br
Seis meses após entrar em vigor, é motivo de racha entre os taxistas a taxa que eleva em 50% o valor das corridas de táxi que saem da capital com destino ao aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, o maior e mais movimentado da América Latina.
Enquanto o presidente do sindicato que representa os taxistas autônomos (que dirigem os próprios carros) é favorável ao acréscimo, o do sindicato dos frotistas, os que trabalham para os proprietários dos alvarás, é contrário à medida. 
A antipatia pela taxa no Simtetaxis (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores nas Empresas de Táxi no Estado de São Paulo) é tão grande que os taxistas ligados à entidade ameaçam paralisação no  dia 6 de julho, caso, entre outras reivindicações, a Secretaria Municipal de Transportes não se sente à mesa para negociar uma possível revogação da portaria que estabelece a cobrança. 
De acordo com o presidente da entidade, Antonio Raimundo Matias dos Santos, o Ceará, os 50% a mais nas viagens para Cumbica diminuíram de 15% a 25% o número de corridas ao aeroporto. 
NÃO É BEM ASSIM Para Natalício Bezerra, presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos de São Paulo, a taxa se justifica porque os taxistas que voltam de Cumbica para a capital não podem embarcar passageiros enquanto estão em Guarulhos. “O táxi volta vazio. Se a taxa não for cobrada, os taxistas têm prejuízos”,  afirmou.  
- Clandestinos estão no aeroporto, diz Ceará. Segundo o sindicalista Ceará, a taxa de 50% incentivou o aumento da presença de taxistas clandestinos em Cumbica. Ele também menciona o aplicativo Uber, que usa veículos particulares e cobra menos.  “As autoridades precisam proteger os taxistas legalizados", afirmou. 
- 34.000 são os alvarás para táxi na capital 
- Prefeitura sinaliza manter cobrança.  A Secretaria  de Transportes sinalizou que não vai retirar a  taxa de 50%. “É a regra em vigência”. A Prefeitura de Guarulhos disse  combater os táxis ilegais em Cumbica.

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